Terceira edição
da Marcha das Vadias reuniu 3 mil, segundo dados
da PM. Grupo é formado também homossexuais, que questionam a 'cura gay'.
, com informações do G1.
A
Marcha das Vadias protesta neste sábado (22) pelas ruas de Brasília
contra o
machismo e contra dois projetos recentemente aprovados por comissões da
Câmara
dos Deputados: a chamada "cura gay", que autoriza psicólogos a
proporem tratamento contra a homossexualidade, e o Estatuto do
Nascituro,
proposta que prevê uma bolsa de assistência para mães que não abortarem
filhos
concebidos em estupros, apelidada de "Bolsa Estupro".
A
marcha acontece pelo terceiro ano consecutivo. Neste ano, a concentração
ocorreu em frente à Rodoviária do Plano Piloto. As cerca de três mil
pessoas
presentes, segundo estimativas do 1º Batalhão da Polícia Militar,
caminharam
pelo centro de Brasília. No trajeto, gritavam frases como "Vem pra rua
contra o machismo".
A
deputada federal Erika Kokay (PT-DF) estava no grupo e criticou o que
chamou de
"Bolsa Estupro". Segundo ela, trata-se de uma proposta que fere os
direitos da mulher. "Dá mais direito para um amontoado de células do que
à
própria mulher."
Portadora
de problemas auditivos, Helenne Sanderson participou do protesto e se
disse
"surda e vadia". Ela protestou por menos violência e contra a falta
de respeito dos homens.
Homossexuais também protestaram na Marcha das Vadias (Foto: Rafaela Céo / G1) |
A
professora Yvone Lira, que também integrou o grupo, destacou que "ser
vadia é ser livre". "Estou protestando para a mulher ter o direito de
ser o que quiser, da forma que quiser."
Durante
o protesto, um fotógrafo e outros dois homens foram expulsos da marcha.
Ele
disse algo que contrariou as manifestantes, chegou a pedir desculpas,
mas
acabou expulso. Outros dois homens que acompanhavam a marcha saíram
debaixo de
buzinas e gritos de guerra. As manifestantes se recusaram a explicar o
motivo
da expulsão.
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