segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vadias' protestam no DF contra machismo e Estatuto do Nascituro
Terceira edição da Marcha das Vadias reuniu 3 mil, segundo dados da PM. Grupo é formado também homossexuais, que questionam a 'cura gay'.
, com informações do G1.
A Marcha das Vadias protesta neste sábado (22) pelas ruas de Brasília contra o machismo e contra dois projetos recentemente aprovados por comissões da Câmara dos Deputados: a chamada "cura gay", que autoriza psicólogos a proporem tratamento contra a homossexualidade, e o Estatuto do Nascituro, proposta que prevê uma bolsa de assistência para mães que não abortarem filhos concebidos em estupros, apelidada de "Bolsa Estupro".
Casal protesta contra o machismo durante
Marcha das Vadias (Foto: Priscilla Mendes / G1)
A marcha acontece pelo terceiro ano consecutivo. Neste ano, a concentração ocorreu em frente à Rodoviária do Plano Piloto. As cerca de três mil pessoas presentes, segundo estimativas do 1º Batalhão da Polícia Militar, caminharam pelo centro de Brasília. No trajeto, gritavam frases como "Vem pra rua contra o machismo".
 
Casal caminha na Marcha das Vadias (Foto: Rafaela Céo / G1)
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) estava no grupo e criticou o que chamou de "Bolsa Estupro". Segundo ela, trata-se de uma proposta que fere os direitos da mulher. "Dá mais direito para um amontoado de células do que à própria mulher."
Portadora de problemas auditivos, Helenne Sanderson participou do protesto e se disse "surda e vadia". Ela protestou por menos violência e contra a falta de respeito dos homens.
Homossexuais também protestaram na Marcha das Vadias (Foto: Rafaela Céo / G1)
A professora Yvone Lira, que também integrou o grupo, destacou que "ser vadia é ser livre". "Estou protestando para a mulher ter o direito de ser o que quiser, da forma que quiser."

Durante o protesto, um fotógrafo e outros dois homens foram expulsos da marcha. Ele disse algo que contrariou as manifestantes, chegou a pedir desculpas, mas acabou expulso. Outros dois homens que acompanhavam a marcha saíram debaixo de buzinas e gritos de guerra. As manifestantes se recusaram a explicar o motivo da expulsão.

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