Itália é vaiada e sofre, mas vence o Japão, que dá olé
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Um jogo de dois treinadores italianos, que poderia ter sido uma aula de catenaccio, de jogo defensivo, de futebol feio. Mas foi movimentado, repleto de boas jogadas ofensivas, e, também, de falhas da defesa.
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Os japoneses fizeram 30 minutos primorosos no primeiro tempo e outros 20 no segundo. A Itália fez quatro gols. No fim da partida, os torcedores gritaram "Japão, Japão". Era o reconhecimento à luta dos japoneses. O empate talvez fosse um resultado mais justo. Mas não há justiça no futebol.
O Japão está fora da Copa das Confederações. Com duas derroas e zero ponto, o time agora enfrenta o México, no sábado, em Belo Horizonte, apenas para cumprir tabela. A Itália, com seis pontos, enfrenta o Brasil, em Salvador, na luta pelo primeiro lugar na chave.
O jogo
O treinador da Itália, Cesare Prandelli, começou a partida com duas mudanças em relação à vitória por 2 a 1 sobre o México, no sábado. O lateral-direito Abate deu lugar a Maggio, e Marchisio saiu para a entrada de Aquilani.
A escalação só foi confirmada nesta quarta-feira, porque Prandelli não queria dar armas a Alberto Zaccheroni, com receio de que o treinador da seleção japonesa, também italiano, pudesse armar uma equipe que neutralizasse as ações da Azzurra.
O mistério não adiantou. Bem postados em campo, trocando passes com calma e errando pouco, os japoneses dominaram o início da partida. A Itália, tão experiente em decisões, estava assustada - o Japão marcava a saída de bola e levava perigo.
O primeiro gol da partida poderia ter saído aos 5 minutos, quando Maeda cabeceou na linha da pequena área, e o Buffon fez ótima defesa; ou aos 7, no chute de Endo, aos 16, quando Buffon pulou bem para defender um chuta de Kagawa, de fora da área.
O Japão era melhor, mas o lance que ocasionou o primeiro gol foi um pênalti inexistente. Após falha de De Siglio em um recuo de bola, Buffon dividiu com Okazaki - o árbitro argentino Diego Abal assinalou a falta dentro da área. Na cobrança da penalidade, Honda fez 1 a 0.
A Itália parecia perdida em campo e, logo aos 30 minutos, Prandelli mostrou que a estratégia para o jogo não havia funcionado: ele tirou Aquilani, uma das novidades da equipe, para colocar Giovinco.
Aos 33 minutos, a defesa italiana falhou novamente. Após uma cruzamento na área, a bola passou por entre Chielini e Montolivo. Kagawa, em posição legal, pegou de virada, de primeira, marcando um belo gol.
O Japão vencia por 2 a 0. E a torcida na Arena Pernambuco gritava Olé. Um grito muito maior do que o ouvido na vitória da Espanha sobre o Uruguai, no domingo. O Japão ganhava o jogo e a torcida brasileira.
A reação italiana demorou, mas aconteceu. Perdendo por diferença de dois gols, os tetracampeões finalmente entraram na partida. Aos 41 minutos, em cobrança de escanteio, Pirlo cruzou na cabeça de De Rossi, que desviou sem chances para o goleiro Kawashima. Aos 45, Balotelli - até então adormecido na partida - tocou de cabeça para Giacherini, que chutou na trave.
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